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Amanda Padilha fala sobre o papel da publlicidade em fortalecer ou descredibilizar pautas femininas.

O risco de não dar nomes às coisas

O risco de não dar nomes às coisas

Desde cedo, as mulheres são instruídas de forma silenciosa e contínua a esconder o que pode incomodar o outro.

Não devemos falar sobre nossas preferências para não soarmos fúteis, não podemos falar sobre as nossas dores para que não incomodem o outro.

A pior de todas as privações que fomos ensinadas: não falarmos sobre nossos corpos para não sermos vulgares.

Quantos anos você tinha quando passou a chamar a sua vulva pelo nome?

A violência de não podemos dar nomes às coisas da forma que devem ser chamadas se perpetua mais uma vez em uma campanha de publicidade.

Sempre com o objetivo de dizer que há algo errado com os nossos corpos.

Uma “simples campanha engraçadinha” que exclui mulheres trans, invisibiliza mulheres pretas, debocha das mulheres feministas e expõe meninas ao risco de violências que elas nem conseguem perceber ainda.

Em um momento em que pequenos avanços nos traziam a esperança de um mercado publicitário mais consciente de quem nós somos, o capitalismo, mais uma vez nos lembra do óbvio: na maior parte das vezes, quando o público alvo são as mulheres, o público não somos nós.

Nós somos apenas o alvo.

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