Entrevistamos a psicóloga Késia Rodrigues, que explica: “é uma psicologia que tenta superar a marca que o colonialismo fez e faz com a gente, e que tenta não ser agente de mais nenhuma colonização. Tanto com pessoas negras, trans, situação de rua… busca não estar a serviço do opressor.”
Segundo Késia, a psicologia decolonial é um lugar em construção, que busca referências brasileiras, além das tradicionais eurocêntricas, para atuar.
“É UM LUGAR de questionamento, de confronto. […] é artesanal, que não tem uma teoria pronta definida. Mas, que busca uma história NOSSA, que a gente constrói. Vamos recorrendo da gente para falar da gente. Recorremos à ideia do quilombo, de pessoas indígenas, para construir isso… e questionando o que já tá pronto.”
Para a psicóloga, este processo é uma construção de referências, sempre buscando um olhar da gente, sobre a gente.
“Eu uso referências eurocêntricas também, como Lacan e Freud, mas além disso, uso uma psicologia com Lélia gonzales, com Fanon, com pessoas negras, e com pessoas do Brasil falando sobre a gente, para não ser mais uma história importada da Europa do século XX.”
Para saber mais sobre o trabalho de Késia Rodrigues, siga as redes sociais @muitoalemdaterapia.