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London Fashion Week: fique por dentro da semana de moda

Nosso resumo com tudo o que você precisa saber sobre a Fashion Week de Londres, temporada de verão 2025.

London Fashion Week: fique por dentro da semana de moda

Nosso resumão dos principais desfiles da London fashion Week

Por Dolvani Barbosa

A semana de moda de Londres completa 40 anos em 2024, e dos dias 12 a 17 de setembro 72 marcas, entre novos designers e marcas tradicionais, apresentaram suas coleções primavera/verão 2025.

Segue o nosso resumo dos principais acontecimentos da semana de moda de Londres:

Brasil em foco: lançamento da camiseta que é capaz de captar CO2 do ambiente e eliminar na lavagem

O primeiro destaque, já na abertura do calendário da LFW, foi do Brasil, com O Brazil Creating Fahion for Tomorrow, em sua segunda edição, apresentando a exibição ‘A Chain Of Women’, que busca celebrar o papel fundamental das mulheres na indústria da moda, principalmente na moda sustentável.

Um lançamento incrível apresentado na exposição foi a camiseta capaz de capturar dióxido de carbono (CO2) do meio ambiente e o eliminar na lavagem.

O grupo Malwee em parceria com a startup Xinterra, de Singapura, adaptaram a tecnologia COzTERRA, anteriormente utilizada na construção civil, para o mercado têxtil e produziram uma camiseta com uma malha capaz de capturar 12g de CO2 da atmosfera, convertê-lo em bicarbonato de sódio e eliminá-lo por completo na lavagem, fazendo com que após o processo a camiseta esteja pronta para capturar mais CO2 nos próximos usos.

 A camiseta foi batizada de Ar.voree, já que 25 camisetas conseguem capturar em um dia a mesma quantidade de CO2 que uma árvore adulta.

Tendo em vista que o mercado da moda é responsável pela emissão de 2 a 8% de carbono no planeta, um dos principais causadores do aquecimento global, essa foi uma maneira de pensar na redução dessa emissão e de se alinhar a valores ambientais, educando e conscientizando tanto outras empresas quanto os consumidores a aderirem práticas mais sustentáveis.

Além disso, a exposição exaltou o artesanato brasileiro, assim como os processos de design inovadores e a riqueza dos materiais sustentáveis do nosso país.

Com curadoria de Camila Villas, Lilian Pacce e Marilia Biasi, e apresentação de marcas como Catarina Mina, que trabalha com comunidades no estado do Ceará; Farm Rio, em colaboração com as artesãs indígenas Yawanawá; Lenny Niemeyer, em parceria com a Associação das Artesãs de Barreirinhas, no Maranhão; PatBo e sua escola de bordadeiras, entre outros nomes nacionais, a exposição fomenta o empoderamento feminino e a colaboração com outras mulheres, em especial as que vivem em comunidades de baixa renda e que buscam uma melhora nas condições de vida de suas famílias.

Os principais desfiles:

RICHARD QUINN

Richard Quinn apresentou sua coleção destacando todo o seu estilo maximalista, apresentando vestidos de noiva e festa que traziam florais, volumes, grandes laços que davam toda a ousadia misturada a uma paleta de cores em um show típico de sua autenticidade.

Para Quinn, ‘Quiet Luxury’ não é uma opção.

JW ANDERSON

Com sua incrível capacidade de mexer com nossas percepções quanto às modelagens de suas peças, brincando com os cortes e silhuetas aumentadas, Jonathan Anderson provocou com sua arte mais uma vez.

Estudando a ‘simplificação do design’, e usando pouquíssimos materiais como couro, paetês, cashmere e lãs, ele pegou peças simples do guarda-roupa e deu um outro olhar para elas.

SIMONE ROCHA

Dando uma nova releitura aos seus códigos, Simone Rocha, que recente assinou o desfile de alta-costura do projeto JPG, trouxe em sua coleção peças mais fluidas, ainda com o volume característico de sua marca, mas dessa vez mais sutil e com muita transparência.

Passando por uma desconstrução poética em sua alfaiataria até sua referência ao ballet, sua coleção veio leve, mas sem perder a grandiosidade.

ERDEN

Erdem Moralıoğlu se inspirou na escritora inglesa Radclyffe Hall e em sua obra “O Poço da Solidão” para apresentar sua coleção verão 2025.

O “Poço da Solidão“, lançado na década de 1920, e banido até 1950, retrata a história de Sthephen Gordon, uma mulher que vivia como um homem e tinha seu relacionamento com Mary Llewellyn.

Assim com Hall, que nasceu Marguerite e mais tarde se identificou como John, vivendo abertamente um relacionamento com sua parceira, Una Troubridge.

Com uma coleção abordando o masculino e  feminino, e a transição entre ambos, Erdem apresentou vestidos com estéticas da década de 1920, alfaiataria com peças feitas a mão em parceria com Edward Sexton, da Savile Row, calças de cintura baixa, decotes profundos e blazers que vinham se desconstruindo por cima dos vestidos.

Uma verdadeira ode ao lifestyle da autora e sua obra, a qual referenciou como “uma Bíblia queer” e o “primeiro romance trans”.

BURBERRY

Fechando a semana de moda de Londres, a Burberry, sob direção criativa de Daniel Lee, buscou resgatar a herança do utilitarismo da marca focando em suas funcionalidades.

Com trench coats, casacos a prova d’água, calças com múltiplos bolsos, roupas com sobreposições bem pensadas que podem se remodelar e desfazer por meio de botões, Daniel foge do utilitarismo batido, e com graciosidade o mistura a peças fluidas, com movimentos e claro, o brilho dos paetês, trazendo sua identidade sem fugir das raízes da marca.

KAROLINE VITTO

Em sua estreia solo nessa temporada, a brasileira Karoline Vitto apresenta sua coleção com design único em cortes e detalhes de metal, característicos da marca, que buscam valorizar as curvas e a diversidade de corpos das mulheres, presentes tanto nas peças quanto no casting de modelos.

Um show à parte, que destaca uma moda inclusiva e nos faz ter orgulho da moda nacional.

Qual foi o seu desfile favorito?

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