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Gaslighting: entenda o que é

Gaslighting: entenda o que é

“Será que estou LOUCA?”

Este pensamento é comum em mulheres que estão em um relacionamento abusivo, especialmente
ao serem submetidas a um tipo de abuso sutil e, por vezes, normalizado: “Gaslighting”.

Origem do termo Gaslighting

Nasceu após a produção da peça teatral “Gas Light”, em 1938, posteriormente adaptada para o cinema.

A peça conta a história de um homem que usa a manipulação para colocar a sanidade mental de sua esposa em dúvida, visando controlar seu patrimônio.

A atriz Ingrid Bergman viveu o papel da esposa na adaptação para o cinema.

Como funciona?

Mais do que ficção, o termo refere-se a uma forma de manipulação que ocorre através de:

  • invalidação de sentimentos da vítima;
  • omissão;
  • distorção e até invenção de fatos.

Tudo com o objetivo de fazer a vítima questionar sua percepção da realidade e sua saúde mental.

Frases comuns do abusador:

  • “Você está exagerando”, para desqualificar a reação da vítima à violência;
  • “Foi só uma brincadeira”, para invalidar suas emoções diante de falas desrespeitosas e depreciativas;
  • “Você está louca, não foi assim que aconteceu”, mesmo que haja evidências, o abusador molda os acontecimentos a favor de si mesmo.

O Gaslighting pode trazer sérias consequências para a segurança e a saúde da vítima.

A manutenção de uma relação abusiva e manipuladora pode resultar em quadros de:

  • ansiedade;
  • instabilidade emocional;
  • baixa autoestima;
  • autoconfiança prejudicada;
  • isolamento social e afastamento dos amigos e rede de apoio;
  • desenvolvimento de quadros depressivos.

GASLIGHTING É CRIME!!

A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), em seu artigo 7°, reconhece a violência psicológica como forma de violência doméstica e familiar, prevendo penas que variam de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa.


As provas podem ser obtidas por gravações de áudio e vídeo, conversas de aplicativos, laudos médicos que evidenciem doenças psicológicas, entre outros meios.

Em casos de identificação como vítima de qualquer forma de violência (moral, patrimonial, física, sexual ou psicológica), é crucial buscar apoio psicológico e jurídico imediato e procurar a Delegacia da Mulher.

O site Mapa do Acolhimento oferece assessoramento jurídico e psicológico GRATUITO realizado por voluntárias.

Você pode denunciar na Central de Atendimento à Mulher, discando 180.


Essa publicação foi desenvolvida pela revista Espelho Nosso em parceria com estudante de direito da Universidade Federal de Goiás e pesquisadora do tema, Eduarda Morais.


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