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Coisas que aprendi com a minha namorada assexual

Leia o relato de uma leitora sobre as lições aprendidas com a namorada assexual, mostrando como todo relacionamento é único.

Coisas que aprendi com a minha namorada assexual

Uma leitora compartilhou com a Espelho Nosso as lições que aprendeu com a sua namorada assexual. Leia abaixo o seu relato.

A intimidade possui várias formas

A gente aprende que nas relações amorosas sexo é igual a intimidade.

Com ela, aprendi que a intimidade também está nas conversas sinceras e em carinhos que não precisam caminhar pro sexo. Intimidade é um aconchego que vai muito além do ato de ficar pelada. 

O toque físico nem sempre representa desejo

Uma das minhas linguagens do amor é o toque físico, por isso ir da carícia pro sexo é um pulo.

Acontece que essa também é a linguagem dela e agora a troca de carinho é uma viagem sensorial por si só. O toque se tornou algo muito mais íntimo (olha aí a intimidade de novo!), mas também mais delicado, não guarda segundas intenções. E, de vez em quando, ainda é a melhor das preliminares!

O prazer pode vir de muitos lugares

Claro que ninguém namora só pra transar, mas, especialmente no início, parece que toda e qualquer interação (seja um cinema, um barzinho ou só ficar de bobeira no sofá) carrega o potencial implícito de se transformar em sexo. 

Com ela, aprendi a curtir mais nossos momentos juntas pelo que eles são. É o prazer da companhia pelo prazer da companhia.

A ausência do interesse em sexo não significa ausência de interesse em mim

Essa eu demorei pra entender.

Nos meus relacionamentos anteriores nunca duvidei do desejo da outra pessoa por mim e, em algum momento da vida, associei a isso parte do meu valor como namorada. Era algo que eu podia entregar e que sabia que tinha “lugar de destaque”. 

Aí de repente me vejo numa relação em que a minha parceira não faz questão de sexo.

Mas isso não quer dizer que ela não faça questão de mim, há muitas outras formas de estar entregue e presente na nossa relação e que têm valor pra ela. A parte sexual é só isso: uma parte.

A dinâmica muda, então os acordos também precisam mudar

Alguns acordos precisaram ser criados para que a gente pudesse se entender sem gerar frustrações e mágoas.

Por exemplo: é muito raro que ela tenha o ímpeto de iniciar o sexo. Então cabe a mim o papel de planejar nossos dates e criar o clima romântico. 

Deixar o contexto bem claro é importante para ajudá-la a entender como eu me sinto naquele momento – ela tem um pouco de dificuldade de ler as pessoas, então não adianta jogar sinais sutis e esperar a reação. Ela também consegue analisar se ela própria está na mesma sintonia ou se falta algo para deixar o clima perfeito. Assim fica mais fácil se soltar e curtir o momento.

NADA acontece sem diálogo

Desde o primeiro dia de namoro a gente tem um diálogo muito aberto, honesto e amoroso. Compreender o que ela sente e expor as minhas próprias necessidades foi – e segue sendo – essencial pra gente se entender e se adequar uma à outra com afeto e respeito. 

Todos esses aprendizados foram resultados de muita conversa e eu acredito que só assim é possível manter qualquer relacionamento saudável. Tentem em casa, vale muito a pena!


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